sábado, 14 de novembro de 2009

Família em jogo Namorar é muito bom, mas o que acontece quando os pais não aprovam o relacionamento?

Quem nunca sofreu uma desilusão amorosa? E quem nunca sofreu com o término de uma relação? Essas são situações cada vez mais comuns entre a galera. Já não tão comum é um casal terminar um namoro por causa da família – dele ou dela. Mas, acredite, mesmo hoje em dia, isso ainda acontece. Para um namoro dar certo, a convivência com a família dos dois também pesa.




Se os pais do namorado(a) forem contra, é bem provável que o namoro não dure muito tempo. Foi o que aconteceu com a estudante universitária Camila Nardon Bandeira, 21 anos, que preferiu acabar o namoro de mais de dois anos, do que lidar com as cobranças da ex-sogra, que na época, não aceitava a relação.
– Ela comentava que meu ex-namorado não era o mesmo filho carinhoso que ela tinha. Ela sentia falta de ter ele por perto a todos os momentos, e me via como culpada disso – comenta a estudante. Camila conta que a mãe de seu ex-namorado, por não estar contente com o namoro, se envolvia muito no relacionamento do casal, inclusive nas brigas:
– Eu sofria muito quando ele não podia me acompanhar em lugares que eram importantes para mim. A mãe dele não o deixava sair comigo, e na maioria das vezes não havia motivo algum. Mas, ela nunca explicou o porquê da desaprovação. Segundo a psicóloga Danielle Heberle Gastmann, que trabalha com adolescentes, o ciúme entre pais e filhos existe, sim.
– Há pais que resolvem intervir, quando desconfiam que o relacionamento não é saudável. Mas também há pais que sofrem com o medo de perder os filhos, e tentam protegê-los demais, causando conflitos desnecessários entre o casal e a família – afirma a especialista.
Segundo Daniele, além da personalidade dos pais, alguns valores e morais também são levados em conta na hora de apoiar o namoro dos filhos. Certas religiões, por exemplo, não permitem que seus seguidores namorem pessoas com crenças diferentes. Em famílias religiosas, o conflito pode surgir quando os pais não aprovam a quebra das tradições religiosas.

Um jovem de 22 anos, que prefere não ser identificado, terminou um noivado por causa da religião de sua ex: – Quando nos conhecemos, ela não seguia mais os costumes da religião da família. Mas, os pais dela a pressionavam muito para que ela voltasse. E para ficarmos juntos eu teria que me converter. Como eu não quis, tivemos que romper. Ela achou melhor acabar o noivado e atender o pedido dos pais. Acho que pai e mãe deveriam auxiliar os filhos em suas decisões, mas deixá-los livres para seguir suas próprias crenças – opina o jovem.

O que você tem a ver como o meu namoro?
Geralmente, quando abordados sobre o relacionamento, essa é a pergunta mais comum que os jovens lançam aos pais. Mas a resposta a essa indagação, segundo a psicóloga Danielle, é: tudo. Para a especialista, o diálogo é a melhor maneira de pais e filhos enfrentarem novas situações. E ela dá a dica: É melhor abrir o jogo, e apresentar o namorado(a) à família:
– Conhecendo a pessoa, eles podem tirar suas próprias conclusões e concordar, ou não, quando os filhos dizem que o relacionamento é saudável. Se for algo que eles julguem ruim para seus filhos, eles podem os auxiliar. Porém, muitas vezes, esta é a última opção que a galera considera quando começa a namorar. É o caso de uma estudante de 13 anos, que prefere não se identificar. Para evitar repreensões, não contou para a mãe que estava com um menino quatro anos mais velho.
– Mas, minha mãe descobriu. Ela já conhecia o menino e não confiava nele. Então, para continuarmos juntos, eu menti que tínhamos acabado – conta.
O namoro escondido durou mais algum tempo, mas não vingou. Contudo, não foi suficiente para fortalecer a confiança entre mãe e filha. – Não tenho coragem de contar a ela sobre ficadas e namoros. A gente conversa bastante, mas eu não me abro completamente. Mãe é mãe, né? Elas querem nos proteger, acima de tudo – finaliza a guria. Por isso a especialista Danielle faz um alerta:
– Os pais são responsáveis por acompanhar os filhos nos processos afetivos, sociais e emocionais desta etapa, em que eles ainda estão em fase de descoberta pessoal.

Aqui a situação é diferente
O casal Luis Henrique Dobrovolski Lopes e Geovana Pegoraro, que namoram há sete meses, aceitaram posar junto aos pais dele, Simone Dobrovolski Lopes e Augusto Sachs Lopes, para ilustrar nossa matéria. Eles nos contaram sobre o quanto é bacana o bom relacionamento de um casal com seus pais. A família do guri, que sempre deu a maior força para os pombinhos, diz que o diálogo e a convivência do casal com as famílias é fundamental para que os pais possam ficar contentes com o namoro.
– Damos liberdade para o dois, mas eles sabem as regras e os limites que nós consideramos pertinente para um relacionamento de adolescentes. Nos damos muito bem e confiamos na família da Geovana também. Isso também é fundamental – diz Simone Dobrovolski Lopes, mãe de Luis Henrique.

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